Feliz 2020. Neste primeiro texto de 2020 quero falar do sentimento de cura. Quer falar de quando é que realmente qualquer que seja a situação que tenha vivido e que a/o tenha magoado está curado ou ultrapassado.
Durante a nossa experiência encarnados, vivemos várias situações que nos magoam e que acabamos por as carregar muito curtos ou longos períodos de tempo. Numa primeira fase, quando a vivência dos acontecimentos ainda está muito próxima, é muito comum se pensar e falar muito do assunto. Normalmente nos é dito que temos que deixar o tempo fazer o seu trabalho para que tudo se dilua por si só. No entanto, a dissolução ao longo do tempo, nem sempre se significa que houve uma reconciliação em relação ao sucedido.
Muitas vezes o assunto simplesmente ficou escondido dentro de um local obscuro, que, ao contrário do que se pensa, pode até estar a crescer algo negativo.
Se quer saber se está de facto reconciliado ou curado de determinada situação, pense o que diria se encontrasse todos intervenientes da mesma. Se tiver ainda algo a dizer é porque ainda não se curou nem libertou. Muitas vezes este sentimento não é porque lhe fizeram mal, mas porque por algum motivo também magoou alguém e pretende a aceitação do perdão desta pessoa.
Quando não tiver necessidade de dizer seja lá o que for as pessoas, quando não sentir qualquer tipo de dívida para com outrem, nem necessidade de ser cínica/o, quando lhe for indiferente aí poderá dizer que está liberto.
A indiferença que falo não pode estar associada a qualquer tipo de desprezo ou tentativa de humilhação. Se conseguir sorrir com estas pessoas como se pessoas estranhas fossem, sem que esteja a ser cínica/a, olhar para o passado sem que o estremeça no presente. Então está mesmo curado.
A libertação e cura do que possa ter acontecido muitas vezes só vem com a compreensão do que era e tinha que ser. Não obstante no mundo físico muitas vezes não entendermos, existe sempre o seu sentido espiritual, que transcende muitas vezes o nível de compreensão dos intervenientes.
Quando está curado e liberto, mesmo que os intervenientes quiserem falar do assunto, para si já não tem importância, porque muitas vezes chegou a compreensão que de na realidade precisava viver o que viveu. Muitas vezes não só precisava de viver como o seu próprios subconsciente ou espírito pediu por esta experiência.
Lembre-se que o exercício do perdão é uma das experiências mais difíceis para o crescimento espiritual de uma alma.
É um dos problemas Cármicos que faz com que muitas almas vivam situações iguais vezes sem conta até a conseguirem aprender.
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