O Desapego




O desapego, material, de pessoas, etc, ao contrário do que a maior parte das pessoas pensam, não é, o esquecimento, a banalização, ou superficialismo (não existe mas acabei de inventar), ou até mesmo ignorância.

Ser desapegado é ser livre, ser liberto, não significa que não possa amar, pelo contrário, mas sim significa que se algum dia perder este amor, conseguirá construir outro. O apego à dor, que muita gente tem, vem precisamente pela cola que tem sobre qualquer coisa, pessoa material, dinheiro, etc; de tal forma que a perda a influencia negativamente. 

Principalmente nos relacionamentos, é necessário perceber que, é escolha das duas partes estarem juntos, logo, quando uma das partes opta por outro caminho, esta rotura causa normalmente muita dor, mesmo que o relacionamento não estivesse a funcionar. Esta dor nem sempre está relacionada ao amor, mas sim ao apego também, apego à rotina, ao dia-a-dia com aquela pessoa. Todo processo de rotura tendencialmente causa algum transtorno, porque é um processo de mudança, é um processo de reconstrução da nossa vida.

As pessoas muito materialistas, como o próprio nome diz, são apegadas a bens materiais, muita vezes porque só assim preenche determinado vazio que encontram dentro de si.

As pessoas muito apegadas a outras pessoas,  amigos, familiares, cônjuge, normalmente são pessoas, que têm problemas em estar sós, ou são emocionalmente dependentes, inseguras e muitas vezes de baixa auto-estima.

Estas pessoas muito apegadas, muitas vezes estão caracterizadas pela constante cobrança e exigência de atenção, aos amigos, familiares, cônjuge etc. Quando inseguras reagem com desconfiança se por algum motivo há afastamento, muitas vezes questionam se fizeram algo de errado quando são pouco seguras. Este tipo de comportamento, é ainda mais sentido por parte do cônjuge, o que pode levar a uma rotura no relacionamento.

O desapegar é muitas vezes dar tempo a si mesmo, deixar os mundo, as pessoas, os bens materiais  e usufruir do simples Ser, aliás, é um processo que todos nós queremos pelo menos uma vez na vida, "estar sozinho". Mas, não é estar sozinho no conceito de solidão, o que é normalmente praticado pelas pessoas, mas sim de estar consigo mesmo, com o nosso Eu. Este processo assegura um conhecimento mais próximo da pessoa para com ela mesma, o que, sendo bem feito, poderá aumentar a segurança, auto-estima e o conhecimento do seu Eu.

Desapegue de si mesmo, para permitir as mudanças que se avizinham.

Comentários

Anabela disse…
:)
Bom dia
Tantas verdades fáceis e tão difíceis de conseguir.
Estar só é estar só. Não há como estar só acompanhado. O movimento pendular da personalidade implica necessariamente solidão. É uma escolha no ir que se contradiz no voltar.
O nivelador social da companhia com o movimento pendular da busca interior é o desejável mas de equilíbrio muito difícil.
No movimento interior habita a realidade e o sonho. É o lugar alquímico de toda a transmutação.
Ensinas-me a alquimia social? Pleaseee ;)

Beijo terno
Anabela
Haaa a tanto tempo que não falamos. Sim é muito difícil, mas não é impossível. Uma vez conhecendo o interior, nos ajudará no social e aí se encontra o equilíbrio.

A Solidão existe quando não temos a nós mesmo, porque estar sozinho não é estar só, pois a solidão acompanha sempre o só, mas não o sozinho, que é o só + zinho :D.

Bom ouvir, digo, ler de ti hehehe

Beijo grande
Meu Deus cara? Que incrível! Você escreveu esse texto pra mim é? Hahahaha...
Vc sabe como eu sou né? Lê meus posts, sou bem assim, apegado, dependente, carente.
Incrível, estou pasmo com o que li. Parece que me caiu como uma luva.
Um forte abraço. Foi Deus quem me fez ler o seu texto justo no dia de hoje.

Ah, modéstia a parte, o seu novo banner tá muito bonito.
Bonito é pouco eu adorei o muito obrigado.

O que escrevo aqui, é muito do que aprendo com as pessoas, estando ou não com elas, coisas que observo, conhecimento e sabedoria de vidas passadas. Há muita gente que pode usar esse texto, aliás o meu blog veio pelo facto de ter chegado a conclusão que há muita gente que tem determinados problema que, por exemplo eu não tenho. No início, quando me falaram para escrever sobre isso eu pensava realmente que fosse algo de conhecimento de todos.

Os textos aqui postos são para ajudar, ao auto-conhecimento. A ideia é viver em equilíbrio, é assim porque tem ou teve falta de afecto.

Abraço grande.
:-)

gostei da mudança lá em cima, está PODEROSO!!!

:-)



eu bem te digo que se os computadores tivessem coração tu serias o médico!

ó mano, não devia ter sido psicologia?


fantástico... não apenas para ler mas para deixar cá dentro a refogar!



abraço forte!!
Ana Corrente disse…
Oiii Kilson,

Estava a dar uma volta e resolvi "bater" aqui no teu blog.Ultimo tema "Desapego".
Eu nao consigo me desapegar dos meus maus habitos.'E verdade.Sao tantos que eu ja vi que para tal 'e preciso desenvolver uma certa sabedoria.
Considero-me uma pessoa desapegada materialmente, gosto de coisas boas de usufrui-las mas n me apego pq coisas sao coisas.E nos' nao nascemos com coisas.

Ja fui apegada emocionalmente, mas isso porque fui criada num mundo de muita proteccao, no qual eu sentia e pensava que se era amada e protegida daquele jeito pela minha familia, todos nesse mundo tinham a mesma obrigacao comigo.
A vida foi mostrando com certos golpes que nao 'e nada disso, e com muita humildade fui tambem desapegando nao a 100% mas com uma boa reducao de percentagem.
Considero-me no meio termo do desapego com a lucidez de que 'e uma arte a desenvolver.Acredito que quem atinge o auge do desapego sao pessoas total/te evoluidas mental e espiritual/te.
Isto 'e o que eu tenho para te dizer em relacao ao desapego.E a todos apegados por favor nao desistam de lutar para melhorar.
Kisses da amiga que muito te quer bem.Fui
betecsoares disse…
Só podemos crescer quando assumimos a nós mesmos como companheiros de jornada pessoal.
Achar-se, encontrar-se, descobrir-se são ações ligadas a esse encontro supremo. Essa alquimia se faz quando nos desprendemos das amarras da solidão; quando finalmente descobrimos o caminho sagrado de nossa alma.
Enxergar-se como parte de um processo poderoso de vir-a-ser.
Um grande abraço.
Olá. Tudo bom?
Tem um selo de presente pra você lá no blog. Você mereceu.
Dá uma passadinha lá pra pegar.
Um grande abraço!
Huuum vou passar sim.

Tive a ver os blogs estão muito atraentes com bons contrastes de cor. mas num vi o celo?:(
Acho a música uma forma delicadíssima de arte. No meu ponto de vista mostra a sensibilidade humana de uma forma enorme. Você está de parabéns. Um dia quero aprender a tocar algo também.
Sisi disse…
E tudo muda, sem nada mudar.
Rafaela Andrade disse…
Hum...
Sabe que eu sou meio apegada e mais ainda medroza, não da solidão pois sempre estudei longe e sempre fiz amigos que tomaram rumos diferentes e mesmo tão longe, sempre estivemos tão perto.

Ano passado mudei: mudei de empregp( que saudade dos meus parceiros), de casa, da comunidade... é tão dificil, tão estranho... os bens foram, as pessoas ficam... não estar mais lá...mas tudo tem sido um caminho e acho que tenho conseguido ir a diante.

Porém, quando falo do apego, fui fazer um concurso em Vitória no ES, pra morar lá, largar tudo, estava preparada, quando eu sentei para fazer a prova, eu pensei: e a aminha vida? Acho que aquilo me atrapalhou, não consigo me ver longe daqui.
Não sei explicar.

Tô atrasada no coments... mas pode né?
Não está atrasada não.

É mais que natural que se canse de fazer mudanças, há sempre um dia que se tem que parar. Se estivermos em constante movimento a busca sempre do novo, muitas vezes não conseguimos consolidar o que já temos. Ter saudades não é ter necessariamente apego, escolher ficar onde está muito menos. Se você se sente bem onde está, então viva o presente. :D